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“A luz chega e acaba. Por exemplo, nessa madrugada nós passamos sem luz. E, às vezes, falta uma fase. Hoje a gente ia fazer um serviço que precisava de luz por no mínimo oito horas seguidas e vamos cancelar pela insegurança de ser feriado, vamos deixar para fazer na quinta-feira”, relata Cláudio Bade, produtor de São José do Vale do Rio Preto.
Em São José, foram mais de 72 horas sem energia durante os últimos dias, em diversos bairros da cidade. O que acabou gerando novas revoltas da população contra Enel, responsável pelo fornecimento da energia na região. Foram vários trechos com manifestações dos moradores, reivindicando melhorias reais no serviço da concessionária.
Em Petrópolis, a Prefeitura entrou na justiça com uma Ação Civil Pública contra a Enel, motivada, exatamente, pela demora na manutenção do restabelecimento de energia. Com isso, a Juíza Vânia Maria Nascimento Gonçalves, deferiu uma tutela de urgência da Prefeitura, que obriga a empresa garantir a religação da energia na área urbana em até 24 horas, e nas áreas rurais em até 48 horas.
Os problemas começaram no início da semana passada. Em Areal, na Região Centro Sul do estado, moradores do bairro Cedro estavam sem luz desde segunda-feira (13) e, como o abastecimento de água vem de um poço que depende de energia elétrica, eles ficaram também sem água. A situação só foi resolvida depois que os próprios moradores decidiram limpar a rede elétrica que estava tomada pela vegetação. Eles também cercaram um carro da concessionária Enel para exigir a religação da energia.
“A gente está numa situação precária, sem luz, sem ter como se comunicar, sem conseguir usar nada elétrico e perdendo tudo na geladeira”, relatou na semana passada Ícaro Melo, morador do bairro Cedro, em Areal.
Só depois de mais de 70 horas sem luz, a energia foi restabelecida no bairro Cedro na madrugada de sexta-feira (17).
Com as chuvas fortes, a situação se agravou. Queda de árvores e galhos deixaram várias regiões de Petrópolis, na Região Serrana, sem energia.
Bairros como Araras e Alto da Serra ficaram tres dias sem luz. Houve protestos e o serviço só foi reestabelecido no sábado (18). No distrito da Posse, moradores ainda estão sem luz. A prefeitura da cidade entrou na justiça para exigir da concessionária Enel a religação do serviço em 24 horas nas áreas urbanas e em 48 horas nas áreas rurais.
A Enel Distribuição Rio informou, em nota, que vem trabalhando durante toda a semana com reforço de equipes para reduzir os impactos dos sucessivos temporais na rede elétrica, que afetaram o fornecimento em diversas áreas. Desde a última segunda-feira, intensas chuvas atingem a região Serrana, além de Niterói, São Gonçalo e Magé.
Nos últimos cinco dias, a Enel Rio contabilizou mais de 1.373 ocorrências relacionadas a árvores tombadas e galhos e 925 referentes a descargas atmosféricas em sua área de concessão. A queda das árvores também ocasionou danos em 208 postes da rede elétrica da companhia.
Essas ocorrências envolvem a reconstrução de trechos inteiros da rede, além da substituição dos equipamentos e cabos danificados.
Em muitos casos, a empresa atua em parceria com o Corpo de Bombeiros, as prefeituras e a Defesa Civil, que precisam remover as árvores para que os técnicos da companhia iniciem o trabalho.
Diante desse cenário, a Enel Rio ativou o seu Plano Verão envolvendo diferentes áreas da empresa e aumentou em até dez vezes o número de equipes em campo.
O órgão explica que s técnicos seguem trabalhando de forma ininterrupta para restabelecer o fornecimento de energia aos clientes.
Com informações do G1