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A Delegacia do Consumidor (Decon) investiga se uma fábrica clandestina de carne seca em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio, vendia o produto para a prefeitura de Saquarema, na Região dos Lagos. Em redes sociais, moradores disseram que a carne vinha em cestas básicas escolares.
“A Decon instaurou inquérito policial para apurar as denúncias“, afirmou a delegada titular, Daniela Terra. A delegacia, segundo ela, está aberta para que outras denúncias sejam feitas a respeito do produto. “É importante que as pessoas que foram lesadas registrem”.
A fábrica clandestina de carne seca foi fechada pela Delegacia do Consumidor (Decon) nesta terça-feira (4) em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio. O dono da fábrica, Carlos José Castro da Silva, foi preso em flagrante. Foram apreendidas mais de 7,5 toneladas do produto na fábrica.
Na página Informe Itaboraí, usuários afirmaram que o produto foi distribuído em uma cesta básica de uma escola de Saquarema. Uma delas reclamou que não conseguiu cozinhar o produto.
“Além da aparência horrível, a carne era sebo puro. Não dava nem para por no feijão”, contou.
Na mesma postagem, outro comentário diz que a “Charque Lagos” foi disponibilizada em uma creche do município.
“Ainda está no meu congelador. Cruz Credo!!”
A Prefeitura de Saquarema confirmou que o Charque Lagos foi distribuído nas cestas básicas no mês de junho no município. Porém, alega que a compra e a distribuição do produto foi responsabilidade da empresa Nourrir Comércio e Serviços.
“Nos meses de março/abril, foi licitado o serviço de cestas básicas para o município. A empresa vencedora da licitação passou a ser a responsável pela compra dos alimentos, montagem, estocagem das cestas e envio para o município de Saquarema, de onde seriam distribuídas pela Prefeitura para as famílias cadastradas. Nas cestas, duas marcas de carne seca foram distribuídas”, explicou a prefeitura em nota.
A nota ainda acrescenta que, assim que soube do ocorrido, a prefeitura de Saquarema “entrou em contato com a empresa fornecedora das cestas básicas para solicitar a troca da marca em questão para as próximas cestas”.
Origem desconhecida
A origem da carne ainda é desconhecida. A polícia vai investigar quem comprou o produto junto ao estabelecimento. Carlos José responderá por venda de produto impróprio para consumo, com pena de 2 a 5 anos de prisão, e estelionato, por usar rótulos falsos na carne seca (charque).
Segundo as investigações, a fábrica não tinha qualquer documentação para funcionamento e estava em péssimas condições de higiene.
As carnes ficavam expostas em tonéis sujos, misturadas com produtos químicos e acondicionadas em embalagens com uma identificação “Charque Lagos”. O próprio dono colocava as datas de validade e fabricação a seu critério, sem controle e com selo falso da Secretaria de Agricultura.
Fonte: G1