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STF mantém prisões de suspeitos de mandar matar Marielle

Com quatro fotos a favor, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) tem maioria para manter a prisão de Chiquinho Brazão, Domingo Brazão e Rivaldo Barbosa, suspeitos de serem os mandantes do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes. Os ministros Cristiano Zanin, Flávio Dino e Cármen Lúcia concordaram com a decisão de Alexandre de Moraes. Ainda falta o voto do ministro Luiz Fux.

O caso é analisado em julgamento virtual pela Primeira Turma do STF até as 23h59 desta segunda-feira (25), mas é provável que termine antes. Além das prisões, a decisão de Moraes determinou o afastamento do delegado Giniton Lages e o comissário Marco Antônio de Barros Pinto. A dupla atuava na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) na época do crime.

Os três foram presos, na manhã deste domingo (24), em uma operação conjunta da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Os irmãos Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio e Chiquinho Brazão, deputado federal do Rio de Janeiro, foram presos acusados de serem os mandantes do crime na operação Murder Inc.

Já Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio, assumiu a função um dia antes do assassinato de Marielle, e foi preso acusado de tentar obstruir as investigações do assassinato da vereadora e Anderson. Antes disso, ele era coordenador da Divisão de Homicídios da Polícia Civil.

Os três chegaram ao hangar da Polícia Federal, em Brasília, na tarde deste domingo (24). Chiquinho e Domingo Brazão, além do ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa desembarcaram do avião da corporação por volta das 16h sob forte esquema de escolta. O trio foi conduzido à cidade em única aeronave, acompanhados dos agentes federais. Chiquinho Brazão foi o primeiro a descer, algemado e ser encaminhado para o porta-malas de uma viatura da Polícia Penal Federal.

Domingos Brazão desceu com um casaco em cima dos braços, escondendo as algemas. O delegado Rivaldo Barbosa desceu entre as viaturas. Eles foram encaminhados ao Instituto Médico Legal da cidade e em seguida foram levados ao Presídio Federal de Brasília, considerado de segurança máxima.

Preso desde 2019, o ex-policial militar Ronnie Lessa, autor dos disparos que mataram a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018, citou o nome do deputado federal Chiquinho Brazão (União) e do irmão, Domingos Brazão, em sua delação premiada, homologada nesta terça-feira (19) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Uma das principais linhas de investigação sobre o caso está relacionada a uma disputa por terrenos na Zona Oeste. Em depoimento, Lessa teria informado que Marielle virou alvo depois de defender a ocupação de terrenos por pessoas de baixa renda e que o processo fosse acompanhado por órgãos como o Instituto de Terras e Cartografia do Estado do Rio e o Núcleo de Terra e Habitação, da Defensoria Pública do Rio.

De acordo com as investigações, o mandante do crime estaria buscando a regularização de um condomínio em Jacarepaguá sem considerar o critério de área de interesse social. O objetivo seria transformar a propriedade em especulação imobiliária.

Com informações do O Dia

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